No Verão o litoral português, fustigado durante todo o ano por ambiciosos projectos de eco-tretas, é ainda mais castigado. O País enverga a tanga....... e prepara-se para chapinhar.
Por esta altura, costumo fazer praia no reino dos Algarves. Ok, castiguem-me, mas o que querem? É um hábito familiar desde há muito e é lá que estão as pessoas de quem gosto. Penso que tem a ver com as míticas águas quentes, o fascínio das culturas árabes ou, muito simplesmente, uma casa já em nós enraizada (sim, daquelas com uma açoteia, algumas alfarrobeiras e um par de figueiras).
De qualquer das maneiras, o tempo livre dá-me para pensar em coisas que, à primeira vista, podem não ter absolutamente nada que ver com a temática deste blogue. Mas até têm. Desta vez, pus-me a analisar, ainda que de forma pouco cuidada, como mandam as férias, as tribos que comigo também fazem praia. Depois de muitas voltas na toalha, agrupei-as em três grupos.
Grupo nº 1 - Os bimbos algarvios
São sem dúvida os mais genuínos, mas nem por isso os mais interessantes. Andam aos magotes de 20, aparecem reforços aos domingos, andam sempre de lancheira, e parecem prefirir lugares pouco aprazíveis do areal: entre as rochas, debaixo da casinha do salva-vidas, ou mesmo encostados à minha toalha (e lembro que a praia onde vou é dos maiores areais algarvios).
Grupo nº 2 - Os tios pelintras
Pois é, a crise já nos dificulta bastante a vida, mas a este grupo creio que ainda mais. Mesmo sem dinheiro para chegar ao fim do mês sem recorrer ao crédito, ainda querem viver do que não têm, porque, sei lá, é chique! São mais bonitos que os anteriores, sem dúvida, mas mais burros. É que os outros, com a história da lancheira, não só poupam dinheiro no enfardanço, como ainda se podem servir dela para encosto. Já estes, acham que só se podem alimentar de camarão e ainda carregam umas cadeirinhas. Sim, porque esta história da areia é gira, mas não estamos nas Maldivas! Sabe-se lá quem já aqui esteve sentado, e a fazer o quê!
Grupo nº 3 - Os avecs
Quem nunca viu um destes espécimes bamboleando-se na marina de Vilamoura? Claro que nunca poderia faltar o famoso grupo de emigrantes que, com muita pena deles, continuarão sempre a ter muito mais gosto em esfregar os BMW's, os Mercedes ou os Audi's no nosso focinho, do que nos países que os acolhem. Eu também teria. Deste grupo apenas tenho a relatar que vêm normalmente com os gostos um pouco rebuscados, e trazem com eles espécimes exóticos duvidosos. É altura de relembrar a célebre frase que o meu tio ouviu há uns anos atrás, por esta altura do ano, vinda dum pai que chamava um filha, a qual chapinhava alegremente nas ondas algarvias:
- Ó andreia, vem ao daddy!
Assim se passam as minhas plácidas tardes na praia, durante o preguiçoso mês de Agosto, que já vai adiantado. Para o ano há mais, mas tenho sempre a esperança que os bimbos estejam mais sofisticados, que os tios arranjem finalmente dinheiro para as Bahamas e se pirem e que a Andreia seja mais obediente! Com franqueza ó andreia, vai imediatamente ao daddy buscar a carcaça com chouriça!
Por esta altura, costumo fazer praia no reino dos Algarves. Ok, castiguem-me, mas o que querem? É um hábito familiar desde há muito e é lá que estão as pessoas de quem gosto. Penso que tem a ver com as míticas águas quentes, o fascínio das culturas árabes ou, muito simplesmente, uma casa já em nós enraizada (sim, daquelas com uma açoteia, algumas alfarrobeiras e um par de figueiras).
De qualquer das maneiras, o tempo livre dá-me para pensar em coisas que, à primeira vista, podem não ter absolutamente nada que ver com a temática deste blogue. Mas até têm. Desta vez, pus-me a analisar, ainda que de forma pouco cuidada, como mandam as férias, as tribos que comigo também fazem praia. Depois de muitas voltas na toalha, agrupei-as em três grupos.
Grupo nº 1 - Os bimbos algarvios
São sem dúvida os mais genuínos, mas nem por isso os mais interessantes. Andam aos magotes de 20, aparecem reforços aos domingos, andam sempre de lancheira, e parecem prefirir lugares pouco aprazíveis do areal: entre as rochas, debaixo da casinha do salva-vidas, ou mesmo encostados à minha toalha (e lembro que a praia onde vou é dos maiores areais algarvios).
Grupo nº 2 - Os tios pelintras
Pois é, a crise já nos dificulta bastante a vida, mas a este grupo creio que ainda mais. Mesmo sem dinheiro para chegar ao fim do mês sem recorrer ao crédito, ainda querem viver do que não têm, porque, sei lá, é chique! São mais bonitos que os anteriores, sem dúvida, mas mais burros. É que os outros, com a história da lancheira, não só poupam dinheiro no enfardanço, como ainda se podem servir dela para encosto. Já estes, acham que só se podem alimentar de camarão e ainda carregam umas cadeirinhas. Sim, porque esta história da areia é gira, mas não estamos nas Maldivas! Sabe-se lá quem já aqui esteve sentado, e a fazer o quê!
Grupo nº 3 - Os avecs
Quem nunca viu um destes espécimes bamboleando-se na marina de Vilamoura? Claro que nunca poderia faltar o famoso grupo de emigrantes que, com muita pena deles, continuarão sempre a ter muito mais gosto em esfregar os BMW's, os Mercedes ou os Audi's no nosso focinho, do que nos países que os acolhem. Eu também teria. Deste grupo apenas tenho a relatar que vêm normalmente com os gostos um pouco rebuscados, e trazem com eles espécimes exóticos duvidosos. É altura de relembrar a célebre frase que o meu tio ouviu há uns anos atrás, por esta altura do ano, vinda dum pai que chamava um filha, a qual chapinhava alegremente nas ondas algarvias:
- Ó andreia, vem ao daddy!
Assim se passam as minhas plácidas tardes na praia, durante o preguiçoso mês de Agosto, que já vai adiantado. Para o ano há mais, mas tenho sempre a esperança que os bimbos estejam mais sofisticados, que os tios arranjem finalmente dinheiro para as Bahamas e se pirem e que a Andreia seja mais obediente! Com franqueza ó andreia, vai imediatamente ao daddy buscar a carcaça com chouriça!
2 comentários:
LOL!
"Vem prá sombra senão the sun will hurt your eyes" é uma frase de que nunca me vou esquecer, dure a minha vida mil anos...
LOL
essa é tão boa como a da Andreia!
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