Li há poucos dias um artigo que me cativou bastante, não só pela temática, mas pelo tom com que foi escrito. Transcrevo para aqui apenas um excerto:
«Onde durante 60 anos secou a camisola do Eusébio, já não poderá mais secar a camisola do Cristiano Ronaldo porque alguém um dia entendeu que roupa estendida é feio... Feio, diriamos nós, é desperdiçar energia e dinheiro numa máquina de secar para se fazer uma coisa que a cultura popular há muito tinha resolvido com dois paus e um fio.
Uma cidade é como uma casa, precisa das impressões dos seus habitantes cravadas nas suas paredes, no seu chão, nas suas árvores, nos seus bancos...Precisa de testemunhos , de roupa estendida...é importante que o espaço público possa ser objecto da imprevisibilidade, da interacção e das marcas do quotidiano de quem nele habita e não apenas de um cenário asséptico que obedece a um manual de condutas castrador.
Mestre Siza, podemos pôr um estendal em Serralves?»
«Onde durante 60 anos secou a camisola do Eusébio, já não poderá mais secar a camisola do Cristiano Ronaldo porque alguém um dia entendeu que roupa estendida é feio... Feio, diriamos nós, é desperdiçar energia e dinheiro numa máquina de secar para se fazer uma coisa que a cultura popular há muito tinha resolvido com dois paus e um fio.
Uma cidade é como uma casa, precisa das impressões dos seus habitantes cravadas nas suas paredes, no seu chão, nas suas árvores, nos seus bancos...Precisa de testemunhos , de roupa estendida...é importante que o espaço público possa ser objecto da imprevisibilidade, da interacção e das marcas do quotidiano de quem nele habita e não apenas de um cenário asséptico que obedece a um manual de condutas castrador.
Mestre Siza, podemos pôr um estendal em Serralves?»
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