17 de setembro de 2008

Comemos o que cagamos?


De acordo com um relatório publicado pelo Instituto Internacional de Gestão da Água (IWMI), 200 milhões de agricultores utilizam fezes humanas como fertilizante em 20 milhões de hectares de terra. Isto corresponde aproximadamente a10% da população, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, que come cereais e outros vegetais colhidos em campos irrigados e fertilizados com excrementos. Isto porque a fertilização tradicional e a água limpa são muito caros, ou simplesmente, inexistentes em muitos locais.

Como resultado, quase 2,2 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças relacionadas com diarreias, incluindo a cólera e, mais de 80% desses caso estão relacionados com a contaminação das águas usadas ou com a falta de saneamento.

No entanto, segundo Pay Drechsel, cientiste ligado ao IWMI, os benefícios sociais e económicos resultantes do uso de fezes humanas não tratadas na agricultura ultrapassa os riscos na saúde. Na maioria dos casos, o excremento é usado em culturas de cereais, que são eventualmente cozinhados, minimizando o risco de transmissão de doenças nascidas da água.

Não chego por isso a nenhuma conclusão sobre se os tipos do marketing alimentar deveriam ou não utilizar esta informação enquanto slogan, qual selo de qualidade. Metendo-me por esse mundo fundo e obscuro do design, resolvi brincar com essa situação.

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