Mais uma vez A semana numa imagem é afinal a semana em duas imagens (espero que isto não se torne uma tendência). Pior ainda...estas imagens são da semana que acabou de acabar...mas esta semana foi complicada como todos saberão.
Anyway...estava eu mais uma vez sem saber se teria ou não uma imagem digna que tivesse marcado a minha semana, quando recebo um convite para um jantar a propósito do reencontro com uma grande amiga, cujo nome não irei naturalmente revelar.
Sabia eu de ante-mão que a casa onde ia não era uma casa normal. Era um palácio do século XVIII, um daqueles palácios que julgamos já não existirem em Lisboa. Mas pelo menos um existe. Este.
O que eu não sabia era o que me esperava dentro daquelas paredes.
Devo agora acrescentar que sou completamente fanático por grandes casas históricas. Não apenas pela grandeza e, sobretudo, não apenas pela opulência. Mas pelo ambiente que nos oferecem, uma vez lá dentro. A história que nos revelam como se de um segredo se tratasse. Principalmente uma história tão rica quanto esta.
Ao que parece, este palácio foi nacionalizado pelo partido comunista no 25 de Abril, momento a partir do qual passou a servir de residência para o Príncipe do Comunismo - o camarada Álvaro Cunhal.
Não sou comunista e tenho até bastantes resistências em relação à pequenez do comunismo que se vive hoje em Portugal. Mas reconheço a grandiosidade de uma pessoa quando a vejo (ou leio sobre ela neste caso). E Álvaro Cunhal, com todos os defeitos de um comunista quase cego, era um homem bastante digno. Agora imaginem a sensação que foi quando entrei no covil do lobo!
A casa foi completamente restaurada pelos actuais donos, e tenho de reconhecer que foi um árduo, mas realmente bom trabalho.
Quanto às imagens, elas apenas traduzem uma pequeníssima parte do meu estado de alma. Um dos fantásticos lustres em vidro de Murano, que por lá pendiam dos tectos pintados, e uma magnífica harpa que, sozinha, enchia a sala de música (sim há uma sala de música, oval, como mandam as regras da acústica). Não resisti, pedi uma máquina, e tirei-as para registar o momento.
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