1 de abril de 2009

< Jardim vertical de plantas aéreas >





























O conceito do jardim vertical, ou da parede verde, como lhe preferirmos chamar, já está bastante explorado. Ao ponto de muitas vezes já nem suscitar aquela falta de ar que suscitava ao início.

Existem porém alguns casos em que o conhecimento técnico reavalia as potencialidades de uma linha de acção, resultando em novas abordagens estéticas. E aí, volta o nosso interesse.

Um dos casos mais recentes é o jardim interior do Hotel Bardessono, em Yountville, California. Concebido por Flora Grubb, em parceria com Kevin Smith e Seth Boor, a obra vive de um conceito já antigo, mas com um nome pomposo - Thigmotropism. Este palavrão designa "o fenómeno pelo qual um organismo vivo cresce ao longo de uma estrutura de suporte". Na práctica, as plantas foram presas a hastes de metal, o que lhes permite flutuar ao longo da parede, em direcção à luz e às movimentações de ar.


E para quem se interessa pelo tema e pergunte "então e onde está a terra?" (o povo brasileiro está autorizado a usar o cadê). Boa pergunta, até porque, que eu saiba, ainda não se fazem transgénicos que não necessitem de alimento. Ora, as plantas escolhidas são do género, Tillandsia, e são plantas epífitas, isto é, são parasitas de outras plantas. A maioria habita nas árvores e absorve seus nutrientes e humidade do ar, através de escamas prateadas. Existem as variedades verdes e as prateadas.

Bem, características técnicas à parte, o efeito final é de facto surpreendente e apenas me preocupa o facto de já não se ter conseguido a colocação do sistema de rega ao longo da parede, dado o avançado estado de construção do edifício. Isto quer dizer que as plantas terão de ser regadas à mão. Enfim, ossos do ofício de quem é Arquitecto Paisagista (quem já trabalhou comigo perceberá bem do que falo!).


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