10 de julho de 2007

Ajudar a Terra…de jacto privado

A festa foi grande, a mensagem nobre e a emissão de gases com efeitos de estufa (segundo o site www.carbonfootprint.com)…catastrófica.

Num evento do tamanho do LIVE-EARTH (contam-se dois biliões de espectadores), surgem sempre vozes a favor e vozes contra, como é óbvio e saudável. Mas uma coisa que aparenta ser certa é que as celebridades escolhidas para dar voz ao movimento não foram, na sua maioria, muito bem escolhidas.

Madonna, talvez por ser o mito que todos conhecemos, foi uma das mais criticadas em todos os jornais internacionais. A polémica nasceu um pouco por todo o lado, mas os tablóides britânicos não lhe perdoaram o estilo de vida, as 9 casas, os 6 carros ou as 3 viagens anuais em jactos privados (fora as outras todas), entre outras coisas, o que lhe vale actualmente uma pegada de carbono “100 vezes superior à de um britânico comum” (News of the world).

Pegada de carbono, uma unidade de medida recente, mas que tende a ganhar força.

Os porta-vozes das estrelas, tantas vezes com tarefas bastante ingratas, rapidamente se desfizeram em mil e uma desculpas. O de Madonna revelou ao Indepent on Sunday que a cantora estava ainda a dar os seus primeiros passos na responsabilidade ambiental.

O que é facto é que, tal como alguém (não me lembro do nome da celebridade) disse no fraquíssimo talk-show da RTP (que por vezes lá mostrava 2 segundos do LIVE-EARTH), minimizar os impactos ambientais no planeta é um trabalho para todos nós anónimos, todos os dias, e através de pequenas acções. Estes mega-eventos servem para gerar polémicas e levantar a voz da discussão. E, claro, para divulgar uma mensagem para a geração, que alguém já apelidou de Geração do Efeito de Estufa.

A mensagem foi ouvida e registada. Al Gore, esse, volta a marcar pontos.

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