«Essa cidade-artefacto aparece como uma amálgama, um material até agora desconhecido, um conglomerado de elementos naturais, artificiais e imateriais ou fluxos, ao mesmo tempo poroso e fibroso, com áreas densas e estáveis, carregadas de memória e vastas extensões fracas, sem qualidades, quase líquidas; constituído por elementos antitéticos que romperam com a precisão dos limites tradicionais entre natural e artificial. Se fossemos arquitectos modernos, pensaríamos esta cidade em termos morais, o que daria lugar a políticas reformistas. Mas parece ser mais necessário, e mais ligado à prática da arquitectura, encontrar nesse magma um substrato poético, entendê-lo como algo que está convidado a um novo olhar e, através disso, alcançar uma dimensão crítica. Esse material, a dissolução da oposição natural/artificial em todas as escalas, envolve um programa de trabalho que não é outro senão a redescoberta, através da arquitectura, da posição do homem contemporâneo no mundo.»
15 de julho de 2008
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