Mostrar mensagens com a etiqueta Paisagem. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Paisagem. Mostrar todas as mensagens

2 de setembro de 2008

28 de agosto de 2008

Quote_8

Quando vemos uma ideia feliz, felizmente resulta com quase nada, como se a arquitectura não tivesse lá estado a interferir, como se um novo olhar sobre o mundo começasse a desdobrar-se, sem pátrias, nem culturas, sem primeiro nem terceiro mundos: há uma pura transmissão de uma beleza contemporânea que deixa todas as outras muito longe no tempo.

Ábalos e Herreros, in Una Nueva Mentalidade (7 Micromanifiestos)

tradução livre

Leia o post Completo...

15 de julho de 2008

Material mundo

«Essa cidade-artefacto aparece como uma amálgama, um material até agora desconhecido, um conglomerado de elementos naturais, artificiais e imateriais ou fluxos, ao mesmo tempo poroso e fibroso, com áreas densas e estáveis, carregadas de memória e vastas extensões fracas, sem qualidades, quase líquidas; constituído por elementos antitéticos que romperam com a precisão dos limites tradicionais entre natural e artificial. Se fossemos arquitectos modernos, pensaríamos esta cidade em termos morais, o que daria lugar a políticas reformistas. Mas parece ser mais necessário, e mais ligado à prática da arquitectura, encontrar nesse magma um substrato poético, entendê-lo como algo que está convidado a um novo olhar e, através disso, alcançar uma dimensão crítica. Esse material, a dissolução da oposição natural/artificial em todas as escalas, envolve um programa de trabalho que não é outro senão a redescoberta, através da arquitectura, da posição do homem contemporâneo no mundo.»

Ábalos e Herreros, in Una Nueva Mentalidade (7 Micromanifiestos)
tradução livre



Leia o post Completo...

11 de julho de 2008

Ecomonumentalidade

Scroll down to read this text in English

«Fomos habituados a pensar a arquitectura em função do lugar, entendendo que nele poderíamos encontrar as chaves com as quais abordar o projecto. (…) no entanto, nos últimos anos temos assistido a uma transferência significativa: todo o lugar passou a ser entendido como uma paisagem, seja natural ou artificial, e este deixou de ser esse fundo neutro sobre o qual se destacam objectos artificiais arquitectónicos, mais ou menos vocacionalmente escultóricos, para ser objecto de interesse primário, foco da atenção dos arquitectos.

Assim, modificado o ponto de vista, a paisagem perde a sua inércia e passa a ser objecto de transformações possíveis; a paisagem é o que pode projectar-se, o que se torna artificial. O projecto valida-se ao construir uma redescrição completa do lugar; que proponha, acima de tudo, a invenção de uma topografia.

Resgata-se assim, com este duplo movimento da natureza ao projecto e vice-versa, uma condição “ecomonumental” que começa a abrir caminho, inexoravelmente, acima de qualquer argumento de oportunidade, de uma forma que outros não hesitariam em chamar “espírito dos tempos” ou “vontade de uma época”.»

Ábalos e Herreros, in Una Nueva Mentalidade (7 Micromanifiestos)
tradução livre

Ecomonumentality

«We have been trained to rationalize architecture, bearing in mind the place where it is to be implemented, believing that it is there that we might find the key factors as to how to approach the project. (...) Still, in the past few years we've been witness to a significant tranfer: every place has started to be seen as landscape, be it natural or artificial, and it has also ceased to be the neutral ground on which artificial architectonic objects stand out, more or less intentionally scultoresque, to be instead the object of a primordial interest, centre of the architects' attention.

Thus, with this new point of view, has the landscape lost its inertia and has started to be the object of possible transformations, the landscape is what can be projected, it is what becomes artificial. The project legitimizes itself with the construction of a revolutionary redescription of the place; which proposes, above all, the invention of some kind of topography.

It is salvaged in this manner, with this doubled sided movement of nature towards the project and vice-versa, an "ecomonumental" condition that starts taking up its own space, undisputedly, above any opportunistic argument, in a way that others would not hesitate to call "the spirit of time" or " the will of an age".»

Ábalos e Herreros, in Una Nueva Mentalidade (7 Micromanifiestos)
free translation by Manuel Costa Campos




Leia o post Completo...

6 de maio de 2008

Kore - pensar a Paisagem

Scroll down to read this text in English

Foi recentemente, e finalmente, lançada aquela que pode ser considerada a primeira publicação portuguesa verdadeiramente desdicada à discussão sistemática sobre a Paisagem.

A Kore está ainda em fase de teste, com a concretização de um número zero, dedicado ao Mar. A ideia é desenvolver um tema dominante em cada número, e chamar para o debate especialistas de áreas diferentes, mas que afinal se complementam num tema tão vasto como o próprio entendimento desta matéria.

Paisagem é um termo que, além de extremamente complexo, está longe de ser consensual. A primeira página da Kore avança no entanto com uma possível definição com a qual me identifico, pessoal e profissionalmente.

A definição propõe uma ambivalência altamente dinâmica, que decorre do entendimento da Paisagem como o conjunto dos sinais que as comunidades cunham no território que habitam. Por um lado o conceito como a sistematização dos processos que concorrem para esses sinais formais e formalizados e, por outro, como os sistemas de códigos em que esses sinais estão inscritos, individual e colectivamente. E a complexidade adensa-se ao consciencializarmos que o conceito vive numa ponte constante entre as duas valências.

Se por um lado a primeira valência permite o desenvolvimento de um conhecimento técnico e científico, consciente, e o aprofundamento daquilo que se pode considerar como as ciências da Paisagem, por outro, a subjectividade em que cai a segunda valência obriga a um entendimento conceptual, tão vasto e pouco conciso quanto as mentes pensantes que habitam o Mundo. Este é também o fascínio da Paisagem.

Todos os artigos da Kore estão publicados em Português, na língua original da pessoa que o escreveu e em Inglês, o que permite um franco alargamento do debate. Por agora resta-nos aguardar pelo próximo número, que deverá sair no Outono.


Kore - thinking the landscape


It was quite recently, and finally, that that which may be considered to be the first Portuguese Landscape discussion publication has been released.

Kore is still in a testing phase, as seen in the release of issue zero, which is dedicated to the Sea. The intention is to explore a dominant theme in each issue and debate it with specialists from a variety of fields of work that complement each other on a subject as vast as the understanding of this matter.

Landscape is a concept that, apart from extremely complex, is also far from being consensual. Kore’s first pages propose a definition which I relate to, both personally and professionally.

This definition suggests a very dynamic ambivalence that is born from the understanding of Landscape as a group of the marks that communities leave on the territories they inhabit. On the one hand, the concept as a systematization of the processes that concur in what concerns those formal and formalized processes; and, on the other, as the systems of codes in which those signs are found, both in an individual and collective manner. This complexity thickens as we become aware of the fact that the concept positions itself on a constant bridge between both variables.

If, on the one hand, the first variable makes way for the development of a technical and scientific knowledge, and the deepening of that which may be considered the sciences of Landscape; on the other, the subjectivity in which the second variable finds itself implies a conceptual understanding as vast and imprecise as the thinking minds that inhabit the World. Hence the fascination that revolves around the concept of Landscape.

All of Kore’s articles are published in Portuguese, in the language of their author and in English, which permits an enlargement of the possibilities the debate may reveal to exist. For now, all we can do is wait for the release of the next issue of Kore, which is scheduled to reach us this Fall.

translated by Manuel Costa Campos


Leia o post Completo...