A proposta foi das primeiras que conheci quando entrei no mundo da Arquitectura Paisagista. Desta vez foi proposta pelo Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Lisboa e foi, finalmente, aprovada.
Falo do Plano Verde, concebido pelo Arquitecto Paisagista Ribeiro Telles, que a partir do passado dia 2 de Outubro, passou a estar integrado na revisão do PDM.
Dizem que a aprovação do plano não passa de marketing com extraordinário sentido de oportunidade. Acusações à parte, o plano surge como a única figura com poder legal, capaz de definir a estrutura ecológica de Lisboa. A ligação do Alto do Parque a Monsanto, ou interligação dos espaços verdes da cidade numa rede são apenas algumas das dimensões prácticas desse plano. Mas são suficientes para demonstrar a sua importância no ordenamento urbano da cidade e até da AML.
Resta agora saber se a esta aprovação se seguirá a sua interpretação sincera e a sua aplicação forte. Mas mesmo os mais cépticos terão de reconhecer uma ligeira frescura nesta decisão. Há finalmente uma luz ao fundo do túnel.