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22 de dezembro de 2008

Espreito por uma porta encostada

Por recomendação de uma amiga, que esteve aliás na origem deste blogue, foi-me dado a conhecer um blogue com um espírito raro de mobilização. Ainda não consegui assimilar toda a informação que contém, mas garanto que será uma re(descoberta) fantástica para todos aqueles que se preocupam com a cidade de Lisboa.

Dêem uma espreitadela aqui:

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13 de novembro de 2008

Quote_17

Se o Porto é a Invicta, Lisboa é parasita.

in Prova Oral
Antena 3

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25 de agosto de 2008

A Fénix renascida

Faz hoje 20 anos o incêndio que deflagrou no Chiado. Iniciou-se às 4h30 da manhã, nos armazéns Grandela, supostamente devido a um curto-circuito, durou 8 horas, destruíu 18 edifícios pombalinos e atirou 2000 pessoas para o desemprego.

Em 1991 iniciou-se o plano de revitalização, encabeçado por Siza Vieira e que veio a tornar o Chiado naquilo que é actualmente. Segundo o arquitecto, o plano está quase concluído, faltando apenas uma ligação pedonal entre os pátios interiores da Rua do Carmo e o Convento.

As opiniões sobre o novo rosto desta zona são várias. Certo é que a Fénix renasceu das cinzas, e tem hoje mais comércio, sendo um dos muito poucos pontos lisboetas onde o comércio de rua é fomentado. Há até quem ache que "a tragédia acabou por se tornar numa oportunidade de devolver à zona a posição de montra da capital, outrora alcançada nos seus clubes, hotéis, cafés, tertúlias, teatros, igrejas, cinemas e lojas elegantes" (Appio Sottomayor).

Mas se o comércio se manteve, o que dizer da falta de contacto entre as pessoas que por lá passam, cada vez mais concentradas nas montras? Siza Vieira reconhece que "a recuperação que fiz foi apenas de 22 edifícios, e não do centro histórico. Foi muito pouco. A Baixa devia estar cheia de vida, mas à noite morre".

É certo que a revitalização urbana de centros históricos é um processo moroso, difícil e polémico. Mas é também certo que antes da revitalização física da cidade, ela tem de começar nas cabeças de quem vive esse espaço. E os lisboetas ainda não conseguiram definir aquilo que realmente querem para a zona nobre da sua cidade.

Talvez o Chiado esteja "mais bonito, mas mais desumanizado".



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22 de outubro de 2007

Luz ao fundo do túnel

A proposta foi das primeiras que conheci quando entrei no mundo da Arquitectura Paisagista. Desta vez foi proposta pelo Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Lisboa e foi, finalmente, aprovada.

Falo do Plano Verde, concebido pelo Arquitecto Paisagista Ribeiro Telles, que a partir do passado dia 2 de Outubro, passou a estar integrado na revisão do PDM.

Dizem que a aprovação do plano não passa de marketing com extraordinário sentido de oportunidade. Acusações à parte, o plano surge como a única figura com poder legal, capaz de definir a estrutura ecológica de Lisboa. A ligação do Alto do Parque a Monsanto, ou interligação dos espaços verdes da cidade numa rede são apenas algumas das dimensões prácticas desse plano. Mas são suficientes para demonstrar a sua importância no ordenamento urbano da cidade e até da AML.

Resta agora saber se a esta aprovação se seguirá a sua interpretação sincera e a sua aplicação forte. Mas mesmo os mais cépticos terão de reconhecer uma ligeira frescura nesta decisão. Há finalmente uma luz ao fundo do túnel.

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6 de junho de 2007

Purple rain

Entre o fim de Maio e o fim de Junho, os Jacarandás estão em flor. Um pouco por todos os jardins e ruas da cidade apercebemo-nos da existência destas árvores que, no resto do ano, passam completamente despercebidas.

Lisboa está assim, vestida de gala.


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21 de maio de 2007

Angústias. Causa? Eleições em Lisboa

Tenho andado angustiada. Quando me parecia (ingenuamente) que em Portugal se começava a ter uma visão mais informada e consciente da política e dos políticos e que uma maior participação cívica na nossa sociedade se aproximava, eis que me deparo com este período pré campanha eleitoral, em Lisboa. Preocupa-me que, numa eleição com esta importância, apareça um candidato que parece ser já encarado como o vencedor inevitável, e isto sem discussão, sem atitude crítica, sem olhar às alternativas, sem ideias, sem…nada.
Encontrei eco desta minha angústia no artigo de Pacheco Pereira intitulado “Poder: O que é tem muita força”, no Público de Sábado, 19 de Maio, onde se lê:
Na candidatura de Costa já se pode perceber como funciona essa enorme pressão do poder, típica das candidaturas que já ganharam antes de ganhar.
Nós pensamos muitas vezes apenas nos partidos, mas, em democracia, mais importante do que os partidos é a dualidade poder-oposição ou, melhor ainda, a existência ou não de um tónus crítico do debate público que não seja afectado pela presença obsessiva do poder. Liberdade não só no papel, mas também nas cabeças. Essa não só falta, como está a ficar cada vez mais rarefeita
”.
(…)
Mais do que divisões políticas e partidárias, que também têm um papel, é a força do poder que se exprime nua e crua na facilidade com que se aceita o facto consumado, como se torna “consensual” esse facto consumado. Não se conte para contrariar esta realidade com a comunicação social, que, salvo honrosas excepções, é particularmente sensível ao exercício do poder, a que dá sempre caução, nem que seja pelo amesquinhamento de quem o não tem e pela protecção que dá a quem o tem”.
Tal como nas eleições à Presidência da República, em que a candidatura independente de Manuel Alegre obteve o segundo lugar, ultrapassando Mário Soares que à partida parecia ter mais hipóteses (pelo menos pareceu ao PS), era bom que a candidatura da agora independente Helena Roseta tivesse um bom resultado (ou seja, que ganhe). E não apenas porque é independente, mas porque é reconhecidamente uma profissional competente, dedicada a causas e com ideias concretas para Lisboa. Não era isso que deveria importar?
Não percebo esta grande incoerência dos portugueses que a todo o momento se queixam dos políticos, dos partidos, que estes se servem do poder para servir interesses próprios, que se servem do país e não o país. Mas quando chega a hora de votar…bem, aí é outra história. Mais vale ficar do lado de quem ganha. Mas porque não arriscar? Pior do que estamos é impossível.
Embora angustiada, espero, até ao fim, que Roseta ganhe. Quero continuar optimista.

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14 de maio de 2007

Uma visão arquitectónica da esquerda

No rescaldo da batalha campal das últimas semanas na CML, surge uma manifestação de cidadania louvável, chamada Helena Roseta. Numa emancipação contra a máquina partidária socialista, não inédita se relembrarmos o apoio a Alegre, Roseta avança com uma possível candidatura à autarquia.

Vozes mais acaloradas aclamarão por certo a atitude. Penso mesmo que o devem fazer. Mas o que lhe sobrou em valores cívicos, faltou-lhe em estratégia e visão políticas. Que uma figura proeminente da vida da capital e do país se insurja contra o laconismo partidário é bom. Mas que a mesma pessoa não antecipe que o partido avance com uma figura de topo para as eleições intercalares é, no mínimo, ingénuo. António Costa, não era esperado e não é ainda um facto consumado. E, sendo possível a sua candidatura, o que se antevê desde já é que esta vai ser uma luta de pesos políticos pesados.

Insurge-se contra o “tacticismo dos partidos”. Mas esquece que a máquina abafará por certo as suas boas intenções. E boas políticas não se consolidam com boas intenções mas com as acções em timing certo, decorrentes dessas intenções. Roseta considera que tem dever enquanto cidadã e política de agir. Esperemos que o faça da maneira mais inteligente.

Mas Roseta representa aquilo que civicamente o PS tem de melhor para oferecer. Ex-autarca de Cascais, ex-vereadora de Lisboa, ex-deputada, e ainda bastonária da Ordem dos Arquitectos, a sempre arquitecta mostra, uma vez mais vontade para construir soluções políticas em situações de aperto.

O que talvez me agrada mais nesta história é o facto de Roseta ser arquitecta. Tentando não puxar demais a brasa à minha formação profissional (mas não deixando de o fazer), os problemas na capital são muitos e variados, mas os que se prendem com o urbanismo e as soluções arquitectónicas poderiam, pela primeira vez, ser analisados politicamente por uma pessoa sábia, objectiva e capaz na matéria. Capaz de perceber que os problemas de Lisboa resolver-se-iam em grande parte com estratégias urbanísticas bem consolidadas. Capaz de transmitir ao concelho o que de bom a esquerda tem e por vezes não consegue mostrar. Capaz de dar uma visão arquitectónica que falta à esquerda e falta sem dúvida à capital.

Roseta à presidência – acto de bravura cívica ou de loucura política?

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