Mostrar mensagens com a etiqueta eleições. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta eleições. Mostrar todas as mensagens

5 de novembro de 2008

Maybe he has a dream


São algumas das coisas que esperamos do 44º presidente americano. Carrega com ele o peso da conturbada história afro-americana, e o feito não menos histórico de ter chegado à Casa Branca.

Para todos aqueles que o consideram um messias apenas digo para não se iludirem. O que ele tentará fazer é a gestão de um país profundamente fracturado.

A américa faz-me lembrar aquelas senhoras idosas, miseravelmente marcadas pelo tempo, mas que tentam manter o glamour à custa de uma maquilhagem decrépita e de um vestido de gala gasto. Um império que se afunda, mas que tenta acima de tudo, manter-se com o leme do Mundo.

Não espero que Obama cure o nosso Mundo, mas, sobretudo, que o acalme. Precisamos de (re)aprender a viver uns com os outros e não uns contra os outros. E uma ponta nessa viragem pode estar com a eleição deste homem.

O tempo dirá o que vai acontecer.


Leia o post Completo...

14 de maio de 2007

Uma visão arquitectónica da esquerda

No rescaldo da batalha campal das últimas semanas na CML, surge uma manifestação de cidadania louvável, chamada Helena Roseta. Numa emancipação contra a máquina partidária socialista, não inédita se relembrarmos o apoio a Alegre, Roseta avança com uma possível candidatura à autarquia.

Vozes mais acaloradas aclamarão por certo a atitude. Penso mesmo que o devem fazer. Mas o que lhe sobrou em valores cívicos, faltou-lhe em estratégia e visão políticas. Que uma figura proeminente da vida da capital e do país se insurja contra o laconismo partidário é bom. Mas que a mesma pessoa não antecipe que o partido avance com uma figura de topo para as eleições intercalares é, no mínimo, ingénuo. António Costa, não era esperado e não é ainda um facto consumado. E, sendo possível a sua candidatura, o que se antevê desde já é que esta vai ser uma luta de pesos políticos pesados.

Insurge-se contra o “tacticismo dos partidos”. Mas esquece que a máquina abafará por certo as suas boas intenções. E boas políticas não se consolidam com boas intenções mas com as acções em timing certo, decorrentes dessas intenções. Roseta considera que tem dever enquanto cidadã e política de agir. Esperemos que o faça da maneira mais inteligente.

Mas Roseta representa aquilo que civicamente o PS tem de melhor para oferecer. Ex-autarca de Cascais, ex-vereadora de Lisboa, ex-deputada, e ainda bastonária da Ordem dos Arquitectos, a sempre arquitecta mostra, uma vez mais vontade para construir soluções políticas em situações de aperto.

O que talvez me agrada mais nesta história é o facto de Roseta ser arquitecta. Tentando não puxar demais a brasa à minha formação profissional (mas não deixando de o fazer), os problemas na capital são muitos e variados, mas os que se prendem com o urbanismo e as soluções arquitectónicas poderiam, pela primeira vez, ser analisados politicamente por uma pessoa sábia, objectiva e capaz na matéria. Capaz de perceber que os problemas de Lisboa resolver-se-iam em grande parte com estratégias urbanísticas bem consolidadas. Capaz de transmitir ao concelho o que de bom a esquerda tem e por vezes não consegue mostrar. Capaz de dar uma visão arquitectónica que falta à esquerda e falta sem dúvida à capital.

Roseta à presidência – acto de bravura cívica ou de loucura política?

Leia o post Completo...