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30 de março de 2009

< Quote_47 >

O mundo contemporâneo vive mal com dicotomias.

_ João Serrão
(secretário de estado do ordenamento do território)

in Conferências AUGI


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20 de março de 2009

< Quote_45 >

A sustentabilidade é uma conversa opaça, que susbstitui os mecanismos da arquitectura e do urbanismo.

Sidónio Pardal

in Conferências AUGI


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26 de fevereiro de 2009

Postopolis 2nd edition


O Postopolis voltou!

Para quem não sabe, Postpolis é uma iniciativa conjunta de vários arquitectos, urbanistas e paisagistas, todos bloggers activos. A primeira iniciativa foi há quase dois anos e agora eles pretendem repetir o feito, numa maratona de 5 dias, em Los Angeles, a decorrer entre 31 de Março e 4 de Abril.

Os dias estarão preenchidos com debates, entrevistas, discussões de projectos, filmes e claro, algumas festas para animar o pessoal.

Infelizmente, e por razões orçamentais, não poderei ir. Talvez à terceira quem sabe?!

Mais informações aqui.


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25 de fevereiro de 2009

Quote_42

Make no little plans.

They have no magic to stir men's blood and probably themselves will not be realized. Make big plans; aim high in hope and work, remembering that a noble, logical diagram once recorded will never die, but long after we are gone will be a living thing, asserting itself with ever-growing insistency. Remember that our sons and grandsons are going to do things that would stagger us. Let your watchword be order and your beacon beauty.

Think big.

_ Daniel Burnham
Arquitecto (1864-1912)

in Where blog


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Espreito por uma porta encostada

Descobri hoje um blog fantástico - Where

É um blog que trata assuntos que me são muito próximos, como a Arquitectura, o Urbanismo, a Sustentabilidade, entre outros. Quando abri a página pensei "Oh não, outro blog de Arquitectura..."

Mas não é só isso. Isto é, de facto a temática é a mesma, e sim, está em rede com tantos outros blogs famosos como o BLDGBLOG ou o Pruned, mas está neste momento a recriar-se, com contributos de bloggers de todo o mundo, sobre os mais variados interesses.

Vale mesmo a pena uma (ou no meu caso várias) visitas:

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10 de outubro de 2008

A propósito de conversas interessantes...

Existem aqueles raros momentos em que um grupo de pessoas, reunidas em torno de um mesmo tema, conseguem ter uma conversa realmente interessante, onde todos digam alguma coisa e ouçam de facto o que os outros têm para dizer.

Na semana que passou, tive dois desses momentos. Sobre um dos temas não posso aqui falar, por ser demasiado interessante…por isso falarei apenas sobre o outro.

Fui há dias assistir à apresentação de um projecto de arquitectura, recentemente apresentado a concurso. A razão pela qual o projecto se tornou alvo do meu interesse reside essencialmente no facto de o objecto do concurso ser a reinterpretação do espaço público nova-iorquino. O objectivo era portanto a devolução de uma importante artéria, hoje sufocada pelo trânsito automóvel, às pessoas.

Embora tenha chegado vergonhosamente atrasado, ainda cheguei a tempo de o compreender, se não na totalidade, pelo menos em algumas dimensões que me parecem importantes.

Sobre a proposta propriamente dita não falarei aqui, até porque tenciono entrevistar um, senão mais, membros da equipa acerca desta ideia e dos conceitos que a precederam.

A proposta, que propunha o encerramento do trânsito em túneis, libertando o solo à superfície para a vida a pé, mais calma, avança ainda com algumas soluções modulares, de cariz técnico interessante, que procuraram dotar o espaço de vários usos. De acordo com a equipa, multidisciplinar como manda a regra das boas propostas, estes vários usos, coadunados com a sensibilização para a vontade de mudar, seriam os motores de arranque de um cancro que todos conhecemos nas cidades, mas pouco sabemos quando se trata de tentar mudá-lo.

A discussão, debate se assim preferirmos chamar, que se seguiu à apresentação, serviu, na minha opinião, para perceber duas coisas.

Por um lado, quando nós (arquitectos e/ou derivados) estamos a apresentar uma proposta a uma audiência mista (arquitectos e mais ou menos leigos na matéria), devemos ser o mais claros possível, tanto na linguagem, como na representação gráfica das ideias. De outra forma, corremos o risco de, ao sermos mal interpretados, se criem preconceitos sobre as ideias, que demorarão muito tempo a desfazer.

Por outro lado, e suscitando talvez mais curiosidade, quando estamos sempre a acusar a América de tentar entender o mundo à americana, devemos ter muito cuidado para não cairmos no erro de tentarmos entender a América à europeia.

Não digo isto tanto por ter sentido isso vindo de quem apresentou, mas sobretudo da audiência, que posteriormente sobre as ideias se debruçou.

Os EUA são um daqueles raros produtos do urbanismo internacional, onde o dinheiro ditou regras claras de aproveitamento do solo. As cidades em quadrícula, desenhadas a régua e esquadro, em unidades definidas e retalhadas ao máximo para rentabilizar o espaço, dotaram os americanos de uma percepção do espaço nunca antes vista.

Neste contexto, o espaço público, que na história da Humanidade sempre existiu, e nela sempre teve dificuldade em afirmar-se como algo sólido e coerente, encontrou aqui a sua maior dificuldade.

Se NYC é uma cidade que destoa das restantes americanas pelo pensamento e pelas gentes que a habitam, no que toca ao desenvolvimento urbano é muito similar. Basicamente quem manda, e sempre mandou desde o início, na construção desta cidade foi a iniciativa privada e, neste sentido, foi também esta quem, por várias razões, esteve na origem da criação do espaço público. Todas as maiores praças, ou espaços pedonais, da cidade existem porque algum magnata ou instituição privada assim o entendeu. São estes que os decidem, que os projectam e que os gerem.

Entender por isso, o urbanismo americano à luz das regras europeias, onde, mal ou bem, o espaço público sempre teve tendência a existir, pode ser perigoso. Ele existe, mas representado de outra forma, como os centros comerciais, os grandes parques urbanos, ou percursos pedonalizados por razões essencialmente comerciais.

Mas se por um lado digo que o espaço público sempre teve dificuldade de afirmação entre os americanos, por outro, também admito que o americano é um ser que promove em si mesmo e nos outros, a capacidade e a vontade de mudança. O Central Park é exemplo disso. Embora não previsto no plano inicial de 1811, a quadriplicação da população em pouco mais de trinta anos, tornou gritante a necessidade de criação de um espaço amplo, desafogado e de usufruto público. O pulmão existe actualmente e é sem dúvida um exemplo de espaço público bem sucedido.

Prever, a médio ou mesmo longo prazo, um modelo de cidade americana em que o peão ganha importância e o uso do carro é severamente punido, em toda a cidade ou partes, é antever uma forte reacção social. O que gostaria de ter visto mais desenvolvido nesta apresentação é o modelo em que tal reacção se processaria, ou seja, todos os mecanismos externos à própria Arquitectura, envolvidos para implementação de um modelo que, embora utópico, pode e deve ser instaurado.

O espaço público é fruto de uma mudança de mentalidades, agarrada a uma decisão política e sustentada por uma sólida base económica. E nesse sentido, tudo começa por eu e tu, e aos poucos alguns de nós, a querermos mudar o que nos rodeia. Só assim se mudam culturalmente as mentalidades.

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9 de setembro de 2008

Meanwhile...


Foi inaugurado hoje o complexo Tróia Resort


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8 de setembro de 2008

Foi há 3 anos


Implosão das Torres de Tróia


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27 de agosto de 2008

Para o infinito...e mais além

Os Jogos Olímpicos (JO) acabaram. Como tudo o que é bom de resto. Por isso porquê falar deles agora, justamente no fim?


Poderia falar das controvérsias da cerimónia de abertura (sim, foram manipuladas parcialmente em computador), ou da colocação do relvado no Ninho de Pássaro (sim, foi colocado em menos de 48 horas), ou mesmo do magnífico edifício da piscina (sim, António, é mesmo magnífico, e tem uma estrutura capaz de controlar mais eificazmente as características termodinâmicas e vibratórias da água). Poderia até dizer que este foi um dos mais bem sucedidos acontecimentos desportivos olímpicos de sempre, quer em termos de preparação, quer em termos dos recordes batidos, ou mesmo do espírito desportivo.


O fim dos JO torna mais pertinente falar do que acontecerá depois. Bem, imediatamente depois teremos os Jogos Paralímpicos, que decorrem entre 6 e 17 de Setembro. Mas….e depois disso?

Li há uns dias que uma das principais razões pelas quais as cidades competem tão selvaticamente entre si pelos JO é a oportunidade de remodelarem totalmente as suas infra-estruturas, assim como a sua imagem global. De um modo geral, essa reestruturação urbana da cidade anfitriã é sempre feita. No caso actual, Pequim pareceu determinado em fazer isso, não só na cidade, como no país inteiro.

O principal objectivo destas grandes mudanças extravasa naturalmente as duas semanas em que duram as competições. Por isso, quando se trata de avaliar o seu sucesso em termos urbanísticos, o maior triunfo reside, quanto a mim, na capacidade de integrar o novo tecido na malha urbana já existente. Isto é determinante na actualização do carácter de uma cidade, sem contudo destruir a sua alma. Por isso, e do ponto de vista urbano, os jogos ainda agora começaram.

Para já não estamos em condições de avaliar esse sucesso em Pequim, mas apenas a constatar que o plano foi, nalguns aspectos, feito de forma inteligente. Que o digam as universidades que vão beneficiar de novas instalações desportivas. A tentação de criar grandes complexos desportivos pós-olímpicos (como o caso de Barcelona) é enorme e quase sempre, desastrosa. Os chineses determinaram, e bem, que cada pavilhão passasse a ser administrado por uma universidade. Com isto conseguem não só garantir o seu uso, como também os custos na sua manutenção.

Mas nem tudo são vantagens. O governo chinês admitiu já a catástrofe em que se está a tornar Pequim, pelo aumento significativo do trânsito, da poluição ou pela destruição quase completa dos hutongs, os bairros típicos (a uma velocidade de 600 bairros por ano).
A outra coisa que podemos fazer a esta altura do campeonato, é comparar este caso com o que foi acontecendo às ex-cidades olímpicas.

Sarajevo, cidade anfitriã dos JO de Inverno – 1984, está praticamente esquecida desse glamour antigo, resultado sobretudo da destruição e dificuldades económicas da guerra civil bósnia. Os campos desportivos foram transformados em campos de batalha e campos de refugiados.


Atlanta albergou os JO em 1996, depois de um boom na construção, sentido desde 1990. Muitas estruturas desportivas eram temporárias, algumas foram reaproveitadas por campus universitários como pavilhões ou estádios, como o da Universidade de Georgia, ¾ do Estádio Olímpico foram deitados abaixo para se tornarem a nova casa dos Atlanta Braves, e apenas a Chama Olímpica permanece intacta, perto do Aeroporto de Hartsfield, como um monumento à história que mudou para sempre aquela cidade.


Atenas teve não só a capacidade de ser duas vezes a anfitriã olímpica nos JO modernos (1896 e 2004), como de utilizar, dessas duas vezes, o mesmo estádio, o Panathinaiko. O estádio foi desde então usado para muitos acontecimentos, e aproveitado pela FIFA, enquanto estádio de Futebol.


A cidade de Moscovo (JO 1980) constitui uma das grandes decepções dos últimos acontecimentos olímpicos do séc. XX, tendo vindo a provar-se mais como uma desculpa para várias operações imobilárias desastrosas. O próprio estádio Luzhniki permanece como um reduto decadente da União Soviética.


Montreal está ainda actualmente a pagar pelos erros cometidos no verão de 1976. O estádio olímpico, com uma torre cujo objectivo era o de controlar a cobertura retráctil, só ficou completo em 1987, e mesmo essa cobertura não foi possível manter devido aos ventos que assolam a região. Tudo piorou em 1991, quando uma parte da torra caiu e, mais uma vez, em 1999, quando uma área de 350 m2 simplesmente colapsou.


Londres, que será o palco da próxima edição, em 2012 já admitiu que não necessita de mais um complexo desportivo, pelo que o estádio, com capacidade para 25.000 pessoas, (seja qual for a versão) será efémero. Chicago, um candidato para 2016 pensa ir pelo mesmo caminho.

Pode ser que a tendência para os países desenvolvidos que recebem os Jogos agora seja esta: a de aproveitar os JO como um grande festival de Verão em vez de continuarem a tentar ser detentoras de novos recordes na construção. Deixem apenas os recordes que realmente interessam.


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25 de agosto de 2008

A Fénix renascida

Faz hoje 20 anos o incêndio que deflagrou no Chiado. Iniciou-se às 4h30 da manhã, nos armazéns Grandela, supostamente devido a um curto-circuito, durou 8 horas, destruíu 18 edifícios pombalinos e atirou 2000 pessoas para o desemprego.

Em 1991 iniciou-se o plano de revitalização, encabeçado por Siza Vieira e que veio a tornar o Chiado naquilo que é actualmente. Segundo o arquitecto, o plano está quase concluído, faltando apenas uma ligação pedonal entre os pátios interiores da Rua do Carmo e o Convento.

As opiniões sobre o novo rosto desta zona são várias. Certo é que a Fénix renasceu das cinzas, e tem hoje mais comércio, sendo um dos muito poucos pontos lisboetas onde o comércio de rua é fomentado. Há até quem ache que "a tragédia acabou por se tornar numa oportunidade de devolver à zona a posição de montra da capital, outrora alcançada nos seus clubes, hotéis, cafés, tertúlias, teatros, igrejas, cinemas e lojas elegantes" (Appio Sottomayor).

Mas se o comércio se manteve, o que dizer da falta de contacto entre as pessoas que por lá passam, cada vez mais concentradas nas montras? Siza Vieira reconhece que "a recuperação que fiz foi apenas de 22 edifícios, e não do centro histórico. Foi muito pouco. A Baixa devia estar cheia de vida, mas à noite morre".

É certo que a revitalização urbana de centros históricos é um processo moroso, difícil e polémico. Mas é também certo que antes da revitalização física da cidade, ela tem de começar nas cabeças de quem vive esse espaço. E os lisboetas ainda não conseguiram definir aquilo que realmente querem para a zona nobre da sua cidade.

Talvez o Chiado esteja "mais bonito, mas mais desumanizado".



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